Caçador de Ratos-Profissões Do Passado
Dizer
que a profissão foi extinta é desprezar os agentes anti-praga, ou dedetizadores
modernos. Em certos casos, são chamados exclusivamente para exterminar ratos,
mas no passado, era comum contratar os serviços de caçadores de roedores que,
com seu equipamento e know how, entravam em sótãos, porões, bueiros, sistemas
de esgoto, atrás dos temíveis ratos. Durante a Primeira Grande Guerra, com a
escassez de alimentos, os especialistas encontraram uma segunda fonte de renda,
comercializar os ratos para serem comidos. Veja as imagens abaixo:
Postado por: Lorenzo Ernesto C. Tiesca
1904 marca o início
dessa reforma urbano-sanitária implantada pelo prefeito Pereira Passos e pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Alta insalubridade, ruas estreitas, cortiços, a condição da
cidade à época era de fato deplorável. Sua elevada concentração
urbana, intrinsecamente ligada à transição da mão-de-obra no país, de uma
recém abolida escravatura pra o trabalho assalariado dos imigrantes europeus.
O que poucos sabem é que essa relação não foi em sua totalidade
de beligerância (violenta). Na intenção de erradicar doenças como a devastadora
peste bubônica (proveniente da pulga dos ratos), o governo encontrou uma
solução um tanto curiosa: pagaria 300 réis por cada ratinho capturado e
entregue aos sanitaristas!
Mas, espera aí:
300 réis era muito dinheiro? De acordo com algumas fontes, o valor daria para
comprar 2 kg de feijão, ou 4 kg de farinha de mandioca. Pensando em uma população
cada vez mais marginalizada após a demolição dos cortiços e sem colocação
social bem definida após a abolição da escravidão, ou ainda estrangeiros que
vinham para o Brasil atrás de oportunidades, pode ser sim um bom dinheiro. E
pensem comigo: imagina capturar 40 ratinhos? Já paga as compras de um mês!
E no Brasil essa prática foi bem sucedida?
Foi sim. Conseguimos erradicar a peste, só não conseguimos erradicar a
malandragem carioca: que tendo em vista a elevada concorrência nesse novo
mercado de trabalho e a consequente falta de mercadoria, passam a capturar
ratos da cidade vizinha Niterói, ou, os mais empreendedores, trazendo ratos
estrangeiros para a cidade. É...viva nossa cidade, que sobrevive em sua
malandragem até mesmo nos momentos de mais dificuldade.
Uma profissão que poderia substitui essa
profissão seria dedetizador.
Postado por: Lorenzo Ernesto C. Tiesca
bem legal
ResponderExcluirobg
Excluiroque é isso
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